| 10/05/2005 07h38min
Debaixo de chuva, cerca de 300 arrozeiros reunidos nessa segunda, dia 9, na cidade gaúcha de Jaguarão decidiram suspender a comercialização da atual safra enquanto o governo federal não atender as reivindicações da categoria. Após uma reunião com prefeitos, parlamentares e representantes de entidades, os produtores exigem a suspensão das importações do Mercosul, a aquisição de 1,5 milhão de toneladas do produto e a garantia de um preço mínimo de R$ 28 a saca de 50 quilos.
– O setor está falindo e, com ele, a Metade Sul – diz o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Valter Pötter.
Há duas semanas, os arrozeiros gaúchos mantêm o movimento Levante da Fronteira, impedindo a entrada do grão importado. Os produtores seguem acampados em Itaqui e Jaguarão. Durante a assembléia dessa segunda, realizada em frente ao Porto Seco – cujos portões estavam bloqueados por cinco tratores –, decidiram continuar com os protestos.
Para esta terça, dia 10, já está confirmado um novo protesto dos arrozeiros da região de Barra do Ribeiro no quilômetro 338, da BR 116. A expectativa é reunir mais de cem produtores.
– Vamos reforçar a mobilização – adiantou Juarez Schonhofe, integrante da direção da entidade.
Do encontro em Jaguarão surgiu um documento com as principais reivindicações do setor. A carta seria entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta, dia 11, mas os produtores não conseguiram confirmar a audiência. Segundo o deputado federal Luiz Carlos Heinz (PP), o presidente estaria com a agenda tomada pelo encontro de cúpula com os países árabes.
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