O diretor de seguros do Clube de Seguros da Cidadania, Daniel Verçosa, reafirmou em depoimento à CPI da Segurança nesta segunda-feira que a empresa Sabemi Seguros e a Associação Municipalista do Brasil (Ambras) doou R$ 50 mil para a aquisição da sede do Clube da Cidadania. Em declaração anterior à CPI, o representante da Sabemi e ex-presidente da Ambras, Antônio Tulio Lima Severo, negou a doação. De acordo com Severo, o dinheiro foi uma antecipação de despesas para um projeto de seguro educacional. Na primeira parte do depoimento do diretor de seguros, o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT) questionou sobre ligações telefônicas de Verçosa para o Palácio Piratini, a Secretaria de Obras e Saneamento, a Secretaria de Habitação e a Associação Riograndense de Empreiteiros de Obras Públicas. Sobre os telefonemas, Verçosa garantiu nunca ter realizado negócios com o Estado, mas afirmou que tem amigos nos órgãos do governo. Foi a segunda vez que Vieira da Cunha utilizou dados das quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e patrimonial de Verçosa durante o depoimento. Por volta das 12h, o relator havia citado informações sobre o sigilo fiscal de Verçosa. A sessão foi suspensa e a procuradoria da Assembléia Legislativa recomendou que estes dados não fossem tornados públicos. Verçosa encerrou seu depoimento às 15h15min, deixou a Assembléia acompanhado por seguranças e não deu entrevistas à imprensa.