| 11/05/2005 10h31min
Os agricultores gaúchos que tiveram perdas de no mínimo 50% em suas lavouras começam a preencher, nesta quinta, dia 12, a Declaração de Aptidão (DAP), para receber o Bolsa Estiagem, auxílio emergencial de R$ 300 do Governo Federal. O valor deve ser pago pela rede bancária em junho. Segundo o cronograma definido pelo Comitê de Gestão da Estiagem no Rio Grande do Sul e apresentado às representações dos trabalhadores, o prazo para o cadastramento vai até 10 de junho.
O delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Estado, Nilton Pinho de Bem, alerta que os beneficiários devem comparecer ao escritório da Emater do seu município para preencher a declaração.
– Além da perda na lavoura, para serem contemplados, os candidatos ao auxílio não podem ter contratado operação de Pronaf Custeio na safra 2004/2005, ser beneficiários de programas permanentes de transferência e terem ultrapassado a renda média mensal de até dois salários mínimos – destaca.
Além da concessão do Bolsa Estiagem, anunciada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, no final de maio, os agricultores vão receber R$ 150 do governo gaúcho. Durante reunião com representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-Sul), no último final de semana, em Porto Alegre, para discutir os problemas que a estiagem provocou no estado, Rossetto garantiu que todos os trabalhadores que tiverem a perda comprovada vão receber o benefício.
Na semana passada, o comitê encaminhou ao ministério a proposta de 73 mil cotas para o Bolsa Estiagem no Estado. O presidente da Fetag-Sul, Ezídio Pinheiro, considerou positivo o fato de não ser limitado o número de cotas de famílias por município para ter direito aos R$ 450:
– Isso ajuda, pois se tivermos 70 mil beneficiados com esse auxílio, juntando os 130 mil com direito ao Proagro Mais, chegaremos a 200 mil famílias enquadradas.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as lavouras gaúchas de arroz, feijão, milho e soja, na safra 2005, apresentam uma queda de 34% em relação à safra passada, devido à estiagem. Para a Fundação Estadual de Economia e Estatística, comparada à produção de 2003, a última safra que se desenvolveu sem danos causados por adversidades climáticas, o volume de grãos produzido pelo Rio Grande do Sul neste ano chega a ser 50% menor. As maiores perdas estão na lavoura de milho, cuja produção deverá ser 54% menor do que a obtida em 2004 e mais de 70% inferior à de 2003.
As informações são da Agência Brasil.
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