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 | 25/05/2005 20h27min

Governo gaúcho discute instrução normativa do leite na Fenasul

Novas normas de sanidade entram em vigor em 1º de julho

As mudanças no setor leiteiro decorrentes da aplicação da Instrução Normativa 51 e suas conseqüências foram debatidas nesta quarta, dia 25, na Fenasul, no Parque de Exposições de Esteio (RS), pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do Estado. O titular do Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo (Grac), secretário Vulmar Leite, acompanhou a reunião tendo em vista a necessidade das cooperativas e assentamentos que trabalham com esta produção.

Segundo o secretário, a maior parte dos produtores já vinha trabalhando para se adequar à norma, e o trabalho agora é identificar e auxiliar aqueles que ainda não estão prontos, especialmente no caso dos assentamentos que ainda não têm rede elétrica e de abastecimento instalados. Vulmar lembrou que é um processo de qualificação necessário, mesmo que inicialmente difícil para os produtores de menor porte.
Na reunião foram apresentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento os critérios técnicos a serem empregados pela norma, que entra em vigor em 1º de julho deste ano. Nos Estados do Norte e Nordeste o prazo é 2007.

Entre as principais alterações está a substituição do leite tipo C pelo leite pasteurizado, critérios de temperatura do leite do momento da ordenha ao de entrega da produção, qualificação do processo de ordenha, monitoramento dos níveis de células somáticas, controle bacteriológico e contagem padrão em placas.

Segundo o ministério, estão previstos treinamentos para ajudar aqueles que ainda não se adequaram. A instrução também prevê a realização de um cadastro nacional que irá ajudar o ministério a conhecer melhor a realidade dos produtores.

O objetivo da norma, segundo o superintendente regional do ministério, Francisco Signor, é proporcionar melhores condições de saúde aos consumidores e ampliar as possibilidades de exportação, devido ao aumento da qualidade do produto.

– A norma é um avanço, nosso objetivo não é sermos excludentes, mas consolidar a produção de leite, realizando um trabalho conjunto, não policialesco, mas de acompanhamento daqueles que ainda não se adequaram. Na verdade a norma já poderia ter entrado em vigor, pois muitos já se adequaram – disse o superintendente.

A reunião foi conduzida pelo presidente da comissão, deputado Elvino Bohn Gass, e contou com a presença de representantes da Câmara Setorial do Leite da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e entidades representativas do setor, entre elas Fetag, Fetraf-Sul, Via Campesina, Consema, Sindilat, Cooperativa Piá, Fecoagro e Farsul. 

As informações são do governo do Estado do RS.

 
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