Os Estados Unidos estão dando o sinal errado aos signatários do pacto mundial contra as armas nucleares ao não cumprirem suas promessas, disseram nesta quarta, dia 25, especialistas em armamentos e diplomatas.

Os 188 integrantes do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, de 1970, estão perto de concluir a conferência de um mês, que deve fracassar em seus esforços para melhorar o pacto.

O chefe da delegação da África do Sul, Abdul Minty, afirmou que a recusa dos norte-americanos em reafirmar seu comprometimento com o desarmamento era problemática para muitos signatários do tratado.

A conferência patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que começou no dia 2 de maio e termina na sexta-feira, enfrentou problemas desde o início, em desavenças a respeito da agenda do encontro e sobre a divisão das tarefas entre as comissões.

Ativistas e diplomatas atribuíram os atrasos a uma disputa entre o Irã e os EUA a respeito do programa nuclear iraniano. Jonathan Granoff, presidente do grupo norte-americano Global Security Institute, criticou o atual governo dos EUA por renunciar ao Tratado Amplo de Proibição de Testes Nucleares (de 1996), que o país assinou durante o mandato de Bill Clinton, presidente norte-americano antecessor do titular do cargo, George W. Bush. Alguns analistas disseram que a postura dos EUA era irresponsável.

As informações são da agência Reuters.