| 14/11/2001 08h02min
Apesar de condenar o trabalho realizado pela CPI da Segurança Pública, o líder do governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan (PT), está convicto de que as relações entre o partido e o Clube de Seguros da Cidadania devem ser encerradas. O Clube da Cidadania, que cedeu um prédio em regime de comodato para a sede estadual do PT, foi investigado pela comissão sob suspeita de haver recebido recursos do jogo do bicho para a aquisição do imóvel. – Tenho a convicção de que o dinheiro é limpo, mas, tendo em vista que alguns empresários não sabiam que estavam doando dinheiro para a compra da sede, o imóvel deve ser devolvido ao clube – disse Pavan. Em depoimento à comissão, alguns empresários que repassaram recursos ao clube informaram que o dinheiro havia sido solicitado tendo como alegação projetos sociais ou na área de seguros. Outras testemunhas confirmaram que a doação se destinava à construção ou à compra da sede. – Ao devolver o prédio, as relações entre o clube e o PT ficam encerradas – afirmou o deputado. Posição similar havia sido defendida no sábado pela segunda vice-presidente da Assembléia, Maria do Rosário (PT). O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), também apóia o rompimento com o clube. Na sexta-feira, o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, havia dito que não via razão para que o partido devolvesse a sede. Hoje, os deputados petistas apresentarão uma declaração de voto sobre o relatório final da CPI. O documento, que deverá ficar anexado às conclusões do relator, Vieira da Cunha (PDT), será um registro da posição do partido em relação às apurações.
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