| 27/05/2005 19h44min
Após quase um mês de discordâncias, os 188 países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) encerraram sua conferência nesta sexta, dia 27, sem acordo sobre quais medidas adotar para combater o risco da expansão nuclear. Muitos culparam os Estados Unidos e o Irã pelo fracasso.
A conferência de revisão do TNP foi marcada por debates acirrados a respeito da Coréia do Norte, pelas ambições iranianas de enriquecer urânio, pelo suposto arsenal nuclear israelense e pelos planos norte-americanos de desenvolver armas nucleares novas e mais agressivas. Quando a conferência começou, no dia 2, os participantes esperavam um plano para resolver lacunas do tratado. A conferência, no entanto, logo descambou para disputas regimentais, lideradas por EUA, Irã e Egito.
Ela termina agora aprovando nada além de um documento que lista a agenda e os participantes. O chefe da delegação canadense criticou os países que não cumpriram compromissos anteriores – uma referência aos EUA, que não reafirmaram suas promessas de reduzir o arsenal nuclear.
– Se os governos simplesmente ignoram ou descartam compromissos quando eles se mostram inconvenientes, nunca poderemos construir um edifício de cooperação e confiança internacional no campo da segurança – disse o diplomata canadense Paul Meyers.
Os Estados Unidos negam que tenham atrapalhado a conferência. Reservadamente, autoridades norte-americanas atribuem o fracasso a Irã e Egito, que segundo eles "sequestraram" o bloco dos não-alinhados na tentativa de concentrar as críticas a EUA e Israel.
As informações são da agência Reuters.
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