| 31/05/2005 18h54min
O presidente do opositor Movimento Ao Socialismo da Bolívia, Evo Morales, propôs nesta terça, dia 31, a suspensão das eleições departamentais marcadas para o dia 12 de agosto, quando os líderes de Santa Cruz pretendem realizar um plebiscito autônomo.
A eleição dos prefeitos dos nove departamentos (divisão política) do país foi possível graças a um decreto promulgado em janeiro pelo presidente Carlos Mesa, em resposta a uma onda de protestos na capital de Santa Cruz, que pede autonomia. O decreto, aprovado pelo Congresso em abril, mediante uma lei especial, cria eleições para o cargo de prefeito, que até hoje era nomeado pelo presidente do país.
As organizações que se manifestam nas cidades de La Paz e El Alto há três semanas têm como bandeira comum o anúncio de uma convocação para uma Assembléia Constituinte e acham que o regime autônomo deve ser debatido nessa reunião.
– Qual o sentido de escolher um prefeito que vai durar um ano e dez meses? – perguntou Morales, uma vez que o mandato atual termina em agosto de 2007.
Morales disse que a única saída para destravar a situação do país é a unificação das duas agendas: a Assembléia Constituinte e o plebiscito autônomo. Tratar do tema das autonomias em detrimento da Assembléia Constituinte é "continuar provocando o povo boliviano", acrescentou, em referência aos assuntos que devem entrar na agenda legislativa na quarta, quando as sessões no Congresso forem retomadas.
O reinício dos trabalhos do Parlamento, no entanto, está condicionado às manifestações de milhares de pessoas no centro de La Paz. O centro da cidade está tumultuado e houve conflitos entre manifestantes e policiais nos arredores do Congresso, mas sem feridos.
As informações são da agência EFE.
As imagens dos protestos na Bolívia.Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.