| 03/06/2005 07h47min
A falta de acordo entre a União e os servidores federais mantém a paralisação por tempo indeterminado de pelo menos 10 categorias. A principal greve, iniciada nesta quinta, dia 2, é a dos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas estão parados também, parcialmente, os funcionários dos ministérios da Cultura, Fazenda, Trabalho, Agricultura, além de outros cinco órgãos.
Os servidores reivindicam reposição salarial emergencial de 18% e incorporação das gratificações além de planos de carreira. Os trabalhadores alegam que o governo ofereceu apenas 0,1% de reajuste e afirmam que tentaram negociar por um mês um outro valor, mas não obtiveram sucesso.
Com a paralisação, o governo federal decidiu centralizar as negociações no Ministério do Planejamento, que pode atender a parcela das reivindicações. O ministro Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que pretende apressar as negociações, mas descartou comprometer além do previsto no Orçamento.
O primeiro dia da greve dos servidores do INSS atingiu os principais Estados, com adesão de 70%, segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Segundo dados do Ministério da Previdência, das 189 agências do INSS em capitais, 63 foram fechadas totalmente e 23 parcialmente.
Para o ministro da Previdência, Romero Jucá, a greve é desnecessária já que os servidores têm garantidos um reajuste salarial de 22% este ano – o acordo foi realizado em 2003. Os funcionários do INSS querem 18% além dos 22% mencionados por Jucá, e a regulamentação do plano de carreira.
No ano passado, os gastos com pessoal do governo federal somaram R$ 89,4 bilhões. Para este ano, a previsão é que sejam gastos R$ 98 bilhões.
Com informações da Agência Brasil e jornal Zero Hora.
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