| 22/11/2001 23h57min
O Grêmio sofreu, esteve pela maior parte do tempo atrás no marcador, mas seguiu invicto na Copa Mercosul. Nesta quinta, contra o Flamengo, o tricolor empatou em 2 a 2 no Maracanã, na primeira partida das semifinais. Agora, bastará aos gaúchos vitória por qualquer placar no Olímpico, quinta, dia 28 de novembro, para garantir uma vaga inédita às finais da competição sul-americana. O Fla entrou elétrico em campo, disposto a liquidar a fatura já no início. Possivelmente, o anúncio do pagamento de salários atrasados, minutos antes de a bola rolar, serviu de motivação extra aos jogadores – a direção do clube carioca havia recebido da Sul-Americana, no mesmo dia, os US$ 600 mil referentes à classificação para as semifinais. Ainda ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Flamengo tratou de partir ao ataque, de olho no US$ 1 milhão reservado ao time que se credenciar às finais. O primeiro gol da equipe treinada por Carlos Alberto Torres, de fato, saiu muito cedo e abalou o Grêmio. Logo aos quatro minutos do primeiro tempo, Petkovic cobrou falta da intermediária e mandou na cabeça do zagueiro Juan, que desviou de Danrlei e estufou a rede: Fla 1 a 0. O tricolor sentiu o golpe e, intranqüilo, sucumbiu às avançadas do adversário, principalmente pelos flancos e em bolas lançadas às costas da zaga. Foi assim aos 19 minutos, quando o rubro-negro ampliou o placar em um lance irregular: Reinaldo invadiu a área, derrubou Marinho, mal-colocado, e tocou para Beto anotar seu gol. O juiz validou a jogada, provocando a ira dos atletas gremistas – quase ao mesmo tempo, Zinho, Gavião e Roger levaram cartões amarelos por reclamação. Mas o Grêmio, em seguida, também se envolveu em uma jogada discutível e não foi punido: aos 26, Pedrinho desarmou Edílson dentro da área, derrubando o atacante. Buscando uma reação, diante da inoperância dos atacantes Cláudio e Luís Mário, Tite sacou Pit Bull e colocou Fábio Baiano em campo. A troca deu novo ânimo ao time, que passou a reagir e diminuiu o prejuízo, ainda antes do intervalo. Aos 32 minutos, Zinho cobrou escanteio em cima de Gavião, na altura do bico da grande área. O meia meteu na medida para Polga, que, de peixinho, mostrou que vencer o Grêmio não seria fácil. O Fla diminuiu o ritmo na volta do vestiário. Prevendo dificuldades diante do tricolor, Carlos Alberto Torres fechou mais o time e ordenou marcação cerrada. A tática deu certo durante longos minutos, nos quais o Grêmio criou várias oportunidades, mas pecou, ora no arremate, ora nos méritos da zaga do Flamengo. O sufoco poderia ter se encerrado aos 23 minutos, quando Fábio Baiano perdeu um gol feito: o dublê de meia e atacante evitou o impedimento e avançou livre até a área. Cara a cara com Júlio César, Baiano chutou em cima do goleiro. Apesar do desperdício, a pressão gremista foi mantida, ganhou em intensidade e deu resultado. Aos 36 minutos, Luís Mário acertou um chute rasteiro na trave, de fora da área, e Fábio Baiano pegou o rebote, sem errar desta vez: Flamengo 2 x 2 Grêmio. A história do jogo foi alterada, e tudo ficou para o Olímpico, com a presença da torcida tricolor. Teoricamente, a vantagem agora é dos gaúchos.
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