| 13/06/2005 17h39min
A secretária de Ciência e Tecnologia de Goiás, a deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO), voltou a dizer nesta segunda, dia 13, que foi convidada a se filiar a um partido da base aliada e que receberia dinheiro por isso. Admitiu, porém, não ter provas do episódio.
– A verdade me obriga a dizer que sim, que fui convidada a mudar de partido. A responsabilidade também me obriga a parar por aqui, porque eu não posso provar, vai ser a palavra de uma pessoa contra da pessoa que me fez o convite – disse Raquel em visita a Paris, durante inauguração de exposição sobre Santos Dumont na feira de aviação Paris Air Show.
– Para mudar de partido me foram oferecidas algumas condições, de prestígio dentro do partido, dinheiro também – acrescentou a deputada licenciada.
Ela não especificou o partido, mas disse se tratar de "um partido da base aliada do governo". Raquel disse estar disposta a comparecer a uma CPI, onde, indicou, poderia dar mais informações.
– Se eu for convidada a uma CPI, eu vou com todo o prazer, até porque eu acho que lá existe uma situação diferente de proteção jurídica inclusive – disse, repetindo não ter como provar suas denúncias.
– Todo mundo que falou até agora em meu nome falou indevidamente – disse ela, explicando que "a única pessoa" com quem conversou sobre o assunto foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
A deputada licenciada disse que o convite recebido para trocar de partido estava "revestido de um certo prestígio".
– Eu sou ligada à área da educação. Eu sairia pelo Brasil vinculando a imagem da educação a esse partido, era uma tentativa do partido de repaginar-se. Eu daria um perfil diferente ao partido – explicou, acrescentando que "em momento algum houve coação".
Perguntada se ofereceram dinheiro, ela respondeu "sim", mas se negou a declarar valores.
As informações são da agência Reuters.
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