A greve dos servidores federais no Rio Grande do Sul recebeu nesta terça, dia 14, o reforço de funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A decisão foi tomada em assembléia realizada na noite de segunda, em Porto Alegre.

Com a paralisação dos servidores do Incra, em Porto Alegre, a única sede no Estado, apenas os serviços essenciais, como o atendimento a situações de conflitos, continuarão a ser oferecidos. A informação foi divulgada pelo presidente da Associação dos Servidores do Instituto, Décio Machado Monteiro. Estão cancelados atendimento ao público, vistorias, cadastro de imóveis rurais e certidões para aposentadoria rural.
 
Monteiro destacou que a base das reivindicações é a mesma de 2004, quando a categoria ficou aproximadamente 30 dias em greve. Os servidores querem reposição salarial de 18%, realização de concurso público e elaboração de plano de carreira. Buscam ainda melhorias na estrutura dos assentamentos e reformulação dos índices de produtividade, defasados, segundo Monteiro, há quase 30 anos.

Com essa adesão, chegam a 11 os órgãos federais paralisados no Estado. Entre as instituições que aderiram a greve estão a Delegacia Regional do Trabalho, os Ministérios da Agricultura, da Saúde e da Fazenda, a Advocacia-Geral da União. Fundações nacionais de Saúde (Funasa) e do Índio (Funai) também pararam.

No Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apenas as perícias médicas agendadas antes da greve são realizadas na capital e e em vários municípios gaúchos. Das cem agências do estado, 18 estão fechadas.

Segundo o Sindicato dos Servidores Federais no Estado (Sindiserf/RS), os funcionários do setor administrativo da Polícia Rodoviária Federal da capital gaúcha irão paralisar nesta quarta, dia 15, por 24 horas. A mobilização prevê uma caminhada com saída do prédio da Receita Federal.

As informações são da Agência Brasil.