| 16/06/2005 17h53min
O saneamento básico do Brasil apresenta uma das piores situações do continente e da região. A informação foi divulgada nesta quinta, dia 16, pelo coordenador das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Carlos Lopes.
Lopes referia-se à avaliação Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) pelos países da América Latina e Caribe, realizada pela ONU. O relatório mostra que o Brasil foi o único país em que parcela da população rural com acesso ao saneamento diminuiu. Passou de 37% em 1990 para 25% em 2002.
Segundo o ministro das Cidades, Olívio Dutra, os investimentos nas áreas de saneamento e habitação tem aumentado, mas ainda há muito por fazer.
– Essas são questões estruturais, antigas, que não são resolvidas magicamente. As políticas que o ministério das Cidades tem desenvolvido na área de habitação e saneamento disponibilizam recursos para os municípios, estados e movimentos sociais muito maiores do que se disponibilizou em um momento imediatamente anterior, mas precisamos investir muito mais – afirmou Olívio.
Aumentar o número de pessoas com acesso à água potável é outro desafio para o país. Embora a publicação afirme que o Brasil está próximo do cumprimento da meta, ressalva que a cobertura é relativamente baixa se comparada com os demais países da América Latina e Caribe.
Na região urbana brasileira, 86% da meta foi cumprida. Subiu de 93% para 96% a proporção da população que tem acesso a uma fonte de água segura entre 1990 e 2002. Contudo, na zona rural, apenas 13% da meta estabelecida de reduzir pela metade a parcela da população sem acesso á água potável foi cumprida. O aumento foi de 55% para 58% nos últimos 15 anos.
O relatório Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: um olhar da América Latina e do Caribe é elaborado por 12 agências da ONU com coordenação da Comissão Econômica para América Latina (Cepal).
As informações são da Agência Brasil.
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