O lance do primeiro gol do Atlético-MG na vitória sobre o Grêmio, muito contestado pelos jogadores tricolores no gramado do Mineirão, ainda repercutiu nesta segunda-feira. Armando Marques, presidente da Comissão de Árbitros da CBF, suspendeu o bandeirinha Edmílson Corona por tempo indeterminado. Corona marcou impedimento de um atleta do time mineiro após a cobrança de lateral, que culminou em gol de Ramón aos três minutos do segundo tempo. O sinal do auxiliar paralisou o zagueiro Marinho e toda a defesa gremista na jogada, que acabou validada pelo árbitro Paulo César de Oliveira – segundo a regra, não há impedimento em arremessos laterais. Oliveira, porém, hesitou em deixar o ataque do Atlético prosseguir, ajudando a aumentar a confusão. Acabou advertido por Armando Marques. Outros juízes de campo também foram para a geladeira após atuações contestadas, como foi o caso de Wilson de Souza Mendonça. Mas o gaúcho Carlos Simon, igualmente envolvido em uma polêmica, ganhou o apoio de Marques e, ainda, foi prestigiado. Simon, franco candidato a representante do Brasil na Copa de 2002, expulsou Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, na goleada de 7 a 1 imposta pelo Vasco em São Januário, domingo. Fora da área, no cabeceio de Euller, Ceni segurou a bola com as duas mãos, levou o cartão vermelho e sua equipe teve ainda contra si a cobrança de tiro indireto. Segundo Simon e o próprio Armando Marques, tudo transcorreu de acordo com o regulamento. No Olímpico, Danrlei (foto) passou a tarde se esquivando da imprensa. Mais uma vez, o goleiro do Grêmio se envolveu em tumulto com os companheiros de time. Logo depois de o Atlético-MG abrir o placar, Emerson foi expulso por reclamação, e Danrlei não poupou impropérios ao colega. Quase foi às vias de fato, não fosse a intervenção de Anderson Polga, que por pouco não foi atingido por um chute de Danrlei. Quase no fim do jogo, Zinho e Gavião também foram para a rua. Tite admitiu, nesta segunda, que os jogadores “passaram do ponto”. De acordo com o técnico tricolor, o grupo vive um estresse natural devido à grande quantidade de partidas e decisões disputadas neste ano. Haverá, porém, uma conversa de vestiário para evitar novas expulsões devido à falta de tranqüilidade.