| 19/06/2005 11h55min
O cessar-fogo parcial do ETA representa uma mudança em sua estratégia, mas os guerrilheiros terão que fazer mais para se enquadrarem nas condições do governo da Espanha para negociar o final dos conflitos.
A Espanha entende que o anúncio feito pelo ETA no sábado, dia 18, de que vai parar com os ataques contra políticos, não é suficiente e que o grupo precisa desistir da violência de forma definitiva antes de negociar. O ETA disse que o cessar-fogo parcial é uma resposta às recentes "mudanças políticas", depois que o governo fez uma polêmica oferta de negociar se os separatistas abandonarem as armas.
O Partido Popular (PP), de oposição, que tem uma linha-dura contra o ETA, disse em comunicado que a medida do grupo basco mostra que a guerrilha está fazendo um "jogo macabro" para subjugar o governo socialista espanhol. O partido disse que o governo deve reconhecer que a oferta de negociação com o ETA foi um erro.
O ETA reivindica um Estado basco em partes da França e da Espanha. O grupo já matou 850 pessoas desde 1968. O grupo, classificado de terrorista pela União Européia, declarou um cessar-fogo em 1998 que durou pouco mais de um ano. Desde então, matou 10 políticos, o último em 2002.
As informações são da agência Reuters.
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