Sem apoio do PMDB, os líderes do governo na Câmara e a base aliada do PFL decidiram obstruir a votação do projeto que flexibiliza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O projeto voltará à pauta da Câmara na sessão desta quarta-feira. A oposição ainda tentou uma última manobra para derrotar o governo retirando o requerimento que pedia o adiamento da matéria e sugerindo a votação imediata e nominal, proposta apresentada pelo deputado Miro Teixeira (PDT- RJ). Mas já não havia quórum suficiente. A discussão do projeto começou por volta das 19h. Depois de conseguir manter o projeto na pauta, a base governista cedeu e concordou com apresentação de uma emenda ao projeto. A emenda permite que os sindicatos peçam auxílio às centrais sindicais a que são filiados para fechar acordos com os patrões. A derrota estava anunciada desde cedo. Tanto que o PFL e o PMDB partidos da base aliada do governo passaram boa parte do dia tentando demover o governo da tentativa de levar o projeto à votação. O PFL chegou a propor mudanças ao ministro do Trabalho, Franscisco Dornelles, e o PMDB disse que votaria contra. O PPS e o PDT entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade do projeto. O tribunal negou, porém, os pedidos.