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 | 20/06/2005 14h53min

Lula quer criação de política industrial comum para o Mercosul

Países do bloco irão a Washington negociar fundo para anel energético

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou sua participação na 28ª Reunião de Cúpula do Mercosul, em Assunção, capital do Paraguai, pedindo avanço na criação de um fundo comercial para o bloco e de uma política industrial comum para integrar os sistemas produtivos da região. O presidente se comprometeu nesta sexta, dia 20, a contribuir com o Uruguai, que assume a presidência temporária do bloco pelos próximos seis meses, no mapeamento de dificuldades comerciais dos países.

Lula convocou a participação da sociedade, empresários e parlamentares para o fortalecimento do Mercosul e pediu agilidade na criação do Parlamento do bloco, prevista para 2006. Em discurso no evento, o presidente destacou a importância da integração entre os países para o desenvolvimento da região e lembrou avanços que o bloco conquistou em negociações comerciais com Israel, Canadá, Egito e Marrocos.

– Para avançarmos na agenda interna do Mercosul, precisamos da mesma ousadia que tem orientado nossa atuação externa. O Mercosul tornou-se plataforma de negociação privilegiada que potencializa a capacidade individual de nossos países de competir na economia global – disse o presidente.

Acompanhando Lula na cúpula, a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, afirmou que na próxima quarta, dia 22, representantes do Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia irão discutir, em Washington, o financiamento para um anel energético do Mercosul. Os recursos viriam do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Os quatro países do bloco analisam o projeto de interconexão de gasodutos que ligue a região, ligando uma jazida de gás no Peru a um canal que seria contruído até o norte do Chile, interligando outros gasodutos já existentes no Mercosul. A alternativa visa reduzir a dependência do fornecimento de gás pela Bolívia. Os movimentos sociais daquele país querem a nacionalização das reservas de petróleo e gás e o fim dos contratos de exploração por empresas estrangeiras.

As informações são da Agência Brasil.

 
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