| 23/06/2005 18h13min
O São Paulo está se preparando para enfrentar todo tipo de problema em Buenos Aires, na partida de volta das semifinais da Copa Libertadores, contra o River Plate, na próxima quarta. Os brasileiros sabem que os argentinos darão o troco pelos problemas que enfrentaram no Morumbi.
– Vai cair tudo na nossa cabeça, isso a gente já sabe. Seria bom poder jogar de capacete – brincou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha. – Precisamos nos preparar para tudo. Vamos analisar bem a situação para chegar em Buenos Aires preparados – completou o dirigente.
Nesta quarta, dia 22, em São Paulo, no confronto de ida entre as duas equipes, os problemas começaram bem antes do jogo. No trajeto do hotel para o Estádio Morumbi, o ônibus da delegação do River Plate foi apredejado. Ninguém se machucou, mas várias janelas foram quebradas.
A confusão cresceu dentro do estádio, um pouco antes do jogo. Torcedores do River entraram em conflito com a polícia, que tentava tirar as faixas penduradas por eles no setor amarelo das arquibancadas inferiores. Na pancadaria generalizada, os policiais levaram a pior, e as faixas foram mantidas.
Uma das medidas a serem adotadas pelo tricolor será levar segurança reforçada a Buenos Aires. Durante o jogo desta quarta, circularam boatos no Morumbi de que o clube contrataria 40 seguranças do Boca Juniors, maior rival do River Plate. A diretoria tricolor desmentiu, mas confirmou que fará um esquema especial.
Para se adaptar melhor ao clima do jogo, a delegação são-paulina antrecipará a chegada à Argentina.
– Devemos ir na terça-feira à tarde, dormir por lá e jogar a partida no dia seguinte – confirmou Cunha.
Apesar de toda preocupação, o dirigente quer os atleta concentrados apenas no futebol.
– Precisamos ir lá, jogar nossa partida e confiar na polícia local, que tem a obrigação de nos proteger – afirmou.
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