| 29/11/2001 21h
A aviação americana repetiu nesta quinta-feira, em Kandahar, a tática usada às vésperas da tomada de Mazar-e-Sharif, Kunduz e Cabul. A cidade do sul do Afeganistão, que abriga o comando do Talibã, foi bombardeada com intensidade. Nas outras três localidades, os aviões dos EUA despejaram bombas, enquanto a Aliaça do Norte avançava por terra. Os bombardeios desta quinta teriam matado 15 pessoas em três vilas perto do aeroporto da cidade, segundo a agência de notícias Imprensa Islâmica Afega (AIP), liga à milícia. A Aliança chegou a anunciarque havia tomada a cidade. A informação foi dada hoje por Bismila Khan, vice-ministro de Defesa dos rebeldes: – Entramos em Kandahar – anunciou Khan em entrevista por telefone, para ser logo depois desmentido por Ismail Khan, um dos comandantes da Aliança. Os desencontros de informação também repetem o que ocorreu pouco antes da tomada das demais cidades do norte. O que dado como certo é que o avanço da Aliança em direção a Kandahar, a movimentação de 800 marines (fuzileiros navais) americanos na região e aumento do contingente de lídere tribais rebeldes são sinais de que Kandahar por ser tomada nos próximos dias. Segundo o comandante Besmila, ex-responsável da Aliança na frente norte de Cabul, os combates continuam perto de Kandahar e podem determinar a tomada da cidade "em uma semana". Besmila diz que a Aliança amplia o número de aliados, entre ex-talibãs, que agora conspiram contra a milícia. O Pentágono admite que os 800 marines que atuam na base aérea perto de Kandahar são um número insuficiente para um ataque terrestre. A principal tarefa dos soldados não seria a preparação da tomada da cidade, mas a busca de informações para definição dos alvos para os ataques aéreos e rastrear os esconderijos de Osama bin Laden e do chefe-supremo do Talibã, Mohamed Omar.
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