| 28/06/2005 08h43min
Os próximos 15 dias serão decisivos para o lateral-esquerdo Chiquinho. Em acordo com os médicos e a direção, ele decidirá sobre a realização ou não de cirurgia para curar-se da lesão no púbis. Desde janeiro, Chiquinho sofre com as dores provocadas pelo deslocamento do coxim situado entre o anel pélvico. Aflito com a inatividade e disposto a retomar a carreira o mais rápido possível, já se mostra conformado com a iminente cirurgia. Desde a semana passada, ele aumentou a intensidade dos treinos para testar a resistência. Ontem à tarde, depois de trabalhar na sala de musculação, Chiquinho conversou com ZH e quebrou um silêncio de dois meses. Acompanhe os principais trechos.
As dores
Chiquinho ainda sente dores leves na região. Elas mudaram de lugar e se tornaram intermitentes e leves. Há 10 dias, na última consulta com o médico João Ellera Gomes, ficou decidido que aumentaria a carga na sala de musculação e trabalharia na piscina. Tudo para forçar a região e ver a partir de que estágio aparecem as dores. Os resultados, por enquanto, são satisfatórios. Ellera, consultor do departamento médicos do Inter, explicou para o jogador como seria uma possível cirurgia. No início do tratamento, por se tratar de lesão rara, os médicos desconheciam os métodos de uma intervenção.
– Segundo o que me explicou, é uma cirurgia simples. Fiquei mais tranqüilo para caso tenha que sofrê-la. Além do mais, em um mês e meio, já poderei correr de forma leve – diz Chiquinho.
A possibilidade da cirurgia
Chiquinho parece conformado com a hipótese cada vez mais iminente de cirurgia. No dia 23 de julho expiram os seis meses definidos por protocolo médico para que as dores desapareçam. Como elas persistem, o lateral encara com tranqüilidade e ressalta os aspectos positivos da cirurgia. Como um relato do atacante Dauri, por exemplo. Ontem, o ex-companheiro ligou e contou sobre o sucesso de intervenção semelhante sofrida no Grêmio em 1997.
– O Dauri me ligou há pouco, ali no vestiário. Me disse que passou pelo mesmo problema, operou e nunca mais sentiu. Se tiver que superar isso com cirurgia também, não vejo problemas – garante.
A última tentativa
Chiquinho define as próximas duas últimas semanas como a última tentativa para evitar a cirurgia. Por isso, treinará forte e em dois turnos. O lateral mostra desconforto com a situação e até certa impaciência com a quantidade de indagações que ouve nas ruas sobre seu retorno. Basta sair para ser abordado por torcedores aflitos com sua recuperação.
– Não passa um dia sem que alguém me pare e pergunte como estou ou quando voltarei. Mas não tenho muito o que dizer, assim como para vocês (jornalistas) – comenta.
O prejuízo da inatividade
Sem entrar em campo em 2005, Chiquinho mostra pressa em retornar ao futebol. Aponta os prejuízos financeiros provocados pelo ostracismo e a ansiedade em dar retorno ao clube. Nestes seis meses de angústia, teve uma boa notícia. A Dal Ponte renovou por mais três anos seu contrato como garoto-propaganda. Insuficiente para aplacar sua angústia. Completou 22 anos no dia 20 e se aflige ao contabilizar que jogou apenas uma temporada inteira até agora.
– Tenho que jogar, estou perdendo dinheiro. Tem mais, se parar para contar só joguei um ano até agora. Comecei em 2002, fiquei parado em 2003 e joguei no ano passado. Não quero ficar outro ano parado. Tenho que dar retorno ao clube.
LEONARDO OLIVEIRA - Zero HoraGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.