| 03/12/2001 08h
O secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio, fará esta semana mais uma tentativa de consenso sobre a correção da tabela do Imposto de Renda (IR). A posição do governo ficou clara na quinta-feira, dia 29, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou que não vetará uma correção de 20%.
No entanto, o reajuste trará grande problema ao governo: um “buraco” de R$ 3,5 bilhões nas contas de 2002. O projeto que corrige a tabela do IR deverá entrar na pauta de discussão da Câmara nesta semana, caso as votações do Congresso sejam finalmente destravadas com a votação, prevista para amanhã, do projeto da CLT.
O deputado Ney Lopes (PFL-RN), relator do projeto de lei sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça, diz que o debate do IR deve “esquentar” assim que terminar a votação da CLT.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, comentou que seria difícil encontrar uma alternativa diferente da proposta feita há um mês pelo secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Ela combinava a correção da tabela com a criação de novas alíquotas, de 30% e 35%, para evitar perdas grandes de receitas.
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