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 | 30/06/2005 13h31min

EUA aumentam pressão sobre a Síria

Bens de ministro foram congelados

Os Estados Unidos ampliaram hoje sua pressão sobre a Síria, embargando os bens do ministro do Interior e de um outro alto funcionário do país, ambos acusados de liderarem atividades militares e de segurança no Líbano. A tensão entre Estados Unidos e Síria aumentou nos últimos tempos por causa das suspeitas norte-americanas de que Damasco estaria escondendo agentes no vizinho Líbano, dificultando a estabilização do Iraque e apoiando o terrorismo na região.

Em sua nova tentativa de isolar a Síria financeiramente e pressionar o seu governo, o Departamento do Tesouro dos EUA congelou os bens do ministro Ghazi Kanaan e de Rustum Ghazali, identificado como chefe da inteligência militar síria no Líbano.

Dessa forma, eventuais bens de Kaanan e Ghazali nos Estados Unidos ficam embargados, e cidadãos norte-americanos ficam proibidos de manter relações comerciais com eles. Uma nota do Tesouro disse que os dois funcionários "dirigiram a presença militar e de segurança do governo da República Árabe da Síria no Líbano e/ou contribuíram com o apoio [sírio] ao terrorismo".

– Estamos vendo a democracia se consolidar no Líbano e em outros lugares do Oriente Médio, embora a Síria continue a apoiar grupos violentos e a tensão política – disse o secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, em nota oficial.

O governo sírio ainda não comentou o assunto. Washington acusa Damasco de manter agentes de inteligência no vizinho Líbano apesar da pressão internacional por uma completa retirada. As tropas sírias invadiram o Líbano durante a guerra civil (1975-90), na tentativa de estabilizá-lo. Oficialmente, Damasco retirou do Líbano todas as suas tropas e agentes em abril deste ano.

Os EUA também acusam a Síria de atrapalhar a situação no Iraque e de permitir que militantes infiltrem dinheiro e combatentes por meio do seu território. Damasco nega tais acusações. Em maio, o governo Bush havia prorrogado por um ano as sanções econômicas impostas em 2004   Síria, por considerar que o país continuava uma ameaça aos EUA.

As sanções proíbem certas exportações norte-americanas para a Síria, rompem relações bancárias com o Banco Comercial da Síria, congelam os bens de sírios suspeitos de envolvimento com o terrorismo e com armas de destruição em massa e proíbem empresas áreas sírias de operarem nos EUA.

As informações são da agência Reuters.


 
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