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 | 30/06/2005 14h47min

Ex-diretor refuta depoimentos de Marinho e Waschek

Antônio Osório afirmou que esteve apenas duas vezes com Jefferson eMarinho

O ex-diretor de Administração dos Correios, o político Antônio Osório Batista, disse nesta quinta desconhecer qualquer esquema ilícito na estatal e fez elogios a Maurício Marinho, funcionário da empresa flagrado recebendo propina. Osório, que faz parte da executiva nacional do PTB, prestou depoimento nesta quinta à CPI dos Correios, sem trazer grandes novidades  às investigações.

Em depoimento de duas horas, Antônio Osório refutou a versão de Marinho, durante as gravações, de que era um dos cabeças do suposto esquema, junto com Roberto Jefferson. Osório garantiu nunca ter participado do esquema e que nunca pediu dinheiro a ninguém. Ele fez questão de dizer que é um político de poucas posses

Os deputados e senadores da CPI apontaram contradições no depoimento do ex-diretor, principalmente em relação a datas. Ele relatou que soube da existência da gravação no dia 13 de maio, ao ser procurado pela reportagem da revista Veja. No dia 15, na casa de Jefferson, teria visto a íntegra do vídeo

O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), lembrou que há testemunhas de que Antônio Osório recebera a fita no dia 5 de maio. O empresário Arthur Waschek detalhou, em seus depoimentos, que mandou entregar anonimamente a fita a Osório entre os dias 4 e 5 de maio, data aproximada em que Jefferson tomou conhecimento das gravações.      

Antônio Osório afirmou também que esteve apenas duas vezes com Jefferson em companhia de Marinho. Jefferson relatou à CPI que teve pelo menos três encontros com Osório. O ex-dirigente dos Correios negou que tivesse assinado contratos da área de publicidade com empresas de Marcos Valério, dizendo que a autonomia desses negócios é da diretoria de marketing, que tinha, segundo ele, simpatia pelo PT.  

O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) mostrou cópia desses contratos com a assinatura tanto de Osório quanto do ex-presidente dos Correios. Em um desses contratos, Osório assina um aditivo de 25% em novembro de 2004. O contrato original, ao qual se refere o aditivo, era com a SMPB no valor de R$ 72 milhões .

As informações são da Reuters.

 
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