| 30/06/2005 23h51min
Pela primeira vez na história, a Copa Libertadores da América será decidida por dois times brasileiros. Na noite desta quinta, dia 30, o Atlético-PR não se deixou intimidar pelos fanáticos torcedores mexicanos que lotaram o Estádio Jalisco, em Guadalajara, e segurou um empate em 2 a 2 com o Chivas, pelas semifinais da competição. Como venceu a partida de ida por 3 a 0, o furacão garantiu uma vaga ao lado do São Paulo na decisão do torneio. Os gols do time brasileiro foram marcados por Lima (dois), enquanto os do time mexicano foram feitos por Palencia (também dois).
As finais do torneio acontecem nas duas próximas quartas-feiras, sendo que o primeiro jogo deve ser em Londrina, no interior paranaense. O Atlético-PR não poderá sediá-lo em Curitiba porque na capital paranaense não há estádio com capacidade para 40 mil pessoas (o mínimo exigido pela Conmebol para a decisão da competição). A partida decisiva está confirmada para o dia 13, no Morumbi, em São Paulo.
Apesar da pressão da torcida adversária, foi o Atlético quem começou melhor a partida. Aos nove minutos, Fabrício cobrou uma falta no travessão do goleiro Sanchez. Antes do intervalo, porém, os brasileiros só perturbaram mais uma vez: aos 23, na grande área, Lima apanhou um rebote do goleiro mexicano, mas permitiu que o zagueiro Salcedo fizesse o desarme.
Já o Chivas, a partir dos 20 minutos, exerceu forte pressão, valendo-se principalmente de tiros de longa distância. O primeiro foi de Alfaro, que forçou Diego a espalmar para a linha de fundo. Aos 22 minutos, após um escanteio, Medina disparou e viu Diego espalmar antes da bola tocar o travessão e sair. Dois minutos depois, Palencia aproveitou uma bola vinda rasteira pela direita e concluiu, já na pequena área: 1 a 0 para o Chivas.
Para a etapa complementar, o técnico Antônio Lopes trocou o discreto Fernandinho pelo volante André Rocha. A alteração brasileira não impediu o time mexicano de prosseguir pressionando, mas fez o visitante tomar menos sustos. No maior deles, aos 20, Cocito quase marcou contra ao desviar um chute de Salcido, da intermediária: o corte do volante fez a bola raspar a trave esquerda de Diego.
Aos poucos, porém, o Atlético soltou-se mais no ataque e, aos 22 minutos, chegou ao empate. Numa rápida escapada como meia-esquerda, Marcão invadiu a área e tocou rasteio para Lima, que corria pelo centro e só teve o trabalho de empurrar para as redes.
O gol do brasileiro fez o Chivas desanimar e insistir em inúteis bolas áreas, facilmente desarmadas pela zaga paranaense. Até que, aos 35, Lima, que se preparava para ser substituído, por Ticão, conduziu a bola desde o meio campo, invadiu a área mexicana e marcou o segundo do furacão, o gol da classificação.
O Estádio Jalisco, primeira sede da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, calou, e muitos torcedores foram embora. Os que decidiram permanecer até o final ao menos viram o empate definitivo, mas inútil, do Chivas, num pênalti convertido por Palencia, aos 40 minutos.
Cinco minutos depois, o árbitro apontou o centro do gramado para a alegria dos torcedores do Atlético, que chega pela primeira vez a uma final de Libertadores e ajuda o futebol brasileiro a quebrar um jejum de cinco anos sem títulos na competição.
Com informações da Agência Placar.
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