| 06/07/2005 17h03min
Na segunda etapa do seu depoimento à CPI dos Correios, que já dura mais de sete horas, o publicitário Marcos Valério disse, em depoimento à CPI dos Correios, que desconhece depósitos não identificados nas contas de suas empresas no valor de R$ 400 milhões, como afirmou o senador Geraldo Thadeu (PPS-MG).
– Não tenho conhecimento. Para mim e para a minha contabilidade, todos os depósitos são identificados e poderão ser identificados através da auditoria que está sendo feita dentro da minha empresa – disse Valério.
Thadeu acusou Valério de ser, junto com Delúbio Soares, intermediário na captação de recursos. E concluiu que por ser Delúbio tesoureiro do PT, a verba seria para o partido. Valério rebateu as acusações e disse que não usaria suas empresas, que são, em maior parte, sociedades anônimas, como laranja nem de Delúbio Soares, nem de ninguém.
Questionado pelo senador Jeferson Peres (PDT-AM) sobre o porque teria sido alvo das denúncias de Roberto Jefferson, Valério disse achar que Jefferson é muito bem articulado, e tinha apenas suposições, mas que o petebista soube se articular muito bem para atingir seus objetivos. Ele negou diversas vezes ter participado de qualquer pagamento a parlamentares.
Sobre as denúncias de Fernanda Karina, que disse que Valério andava com malas de dinheiro, Valério lembrou as contradições dos diversos depoimentos da ex-secretária (na Polícia Civil, na Polícia Federal, na CPI) e negou que tivesse transportado dinheiro em malas em qualquer situação. Marcos Valério afirmou que, ao final da sessão, deixará um papel assinado liberando seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos, a pedido do senador Sibá Machado.
Com informações da agência O Globo.
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