| 07/07/2005 21h29min
Londres ainda seria alvo de novos atentados terroristas como os registrados nesta quinta, que deixaram pelo menos 38 mortos? Esta é uma das principais perguntas a que especialistas tentam responder. Outra questão importante é saber se os londrinos aceitarão medidas mais rigorosas para garantir a segurança em suas vidas cotidianas.
A Al-Qaeda, a rede terrorista de Osama bin Laden apontada como responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e de 11 de março de 2004 na Espanha, estaria novamente patrocinando pânico e mortes. A publicação alemã Der Spiegel chegou a afirmar que a rede teria assumido a autoria dos atentados em um site de radicais islâmicos. Na suposta carta, os membros da Al-Qaeda afirmariam que "Os heróicos mujahedins perpetraram hoje um ataque em Londres. Avisamos repetidamente o governo britânico e o povo britânico sobre a possibilidade de um atentado".
A ameaça, no entanto, parece não ter alterado a confiança em dias tranqüilos. O primeiro-ministro Tony Blair prometeu que nada mudará no estilo de vida britânico. No meio político, no entanto, o premier enfrenta uma pergunta cuja resposta é mais complexa: novos ataques poderiam provocar mudanças drásticas e desembocar na retirada de tropas do Iraque?
Em Londres, garantir segurança para os 8 milhões de habitantes seria uma tarefa complicada, alertam especialistas. O argumento é de que, mesmo revistando todos os passageiros do sistema de transporte público, por exemplo, ainda assim não estaria eliminada a ameaça terrorista.
Em março, ainda antes do ataque desta quinta, o parlamento britânico aprovou a Lei de Prevenção do Terrorismo, que permite a autoridades prender suspeitos de terrorismo domiciliarmente e impor restrições a viagens. Agora, Blair está sendo pressionado para que se aprove uma legislação instituindo um documento nacional de identificação.
– Qualquer sociedade, sem importar quão bem está preparada, é vulnerável a um terrorista sofisticado – sentenciou o director de Vance International Ltd., uma companhia de segurança e inteligência, Charles Blackmore.
Blackmore disse ainda que as explosões desta quinta parecem ser um trabalho de alguém com capacidade de planejamento e que conhecia bem a área.
– Evidentemente, havia uma função específica, desarticular a infraestrutura pública de Londres, paralisar todos os movimentos e ter o máximo de impacto comercial.
As informações são da agência AP.
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