| 10/12/2001 23h27min
As medidas de semicongelamento dos depósitos bancários implementadas há uma semana pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo, causaram uma queda intensa e generalizada nas vendas do comércio em todo o país. Grande parte dos argentinos atingidos, acostumada a lidar com dinheiro em espécie e se vê obrigada a movimentá-lo através de cheques. Dados prévios da Afip (órgão responsável pela arrecadação de impostos) mostram que na última semana o crescimento de entrada de recursos com o imposto do cheque chegou a US$ 1 milhão por dia em relação à média mensal do mês passado.
Apesar do consumo ter se reatraído com o limite para saques, um punhado de setores do comércio foi beneficiado, como o de concessionárias de automóveis. Este tipo de consumo está sendo realizado pelos grandes depositantes, que, temendo um confisco geral ou uma desvalorização do dinheiro semicongelado, decidiram gastá-lo imediatamente em um bem durável.
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