A última batalha da Libertadores da América começa nesta quinta, às 21h45min, no Morumbi. Após 90 minutos, o continente terá um novo campeão de clubes. Enquanto o São Paulo busca sua terceira conquista, o Atlético-PR quer o primeiro título continental de sua história. Se o ticolor paulista tem o apoio da torcida como arma, o time paranaense aposta na história recente da disputa para se dar bem. A última vez que um time venceu o segundo jogo final da Libertadores dentro de casa foi em 99, quando o Palmeiras venceu o Deportivo Cali por 2 a 1. De lá pra cá, só derrotas dos locais ou empates no último jogo.

Pelo regulamento, porém, ninguém leva vantagem. O jogo de ida terminou empatado por 1 a 1, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se houver novo empate nesta quinta, será disputada prorrogação com dois tempos de 15 minutos. Mantida a igualdade, a decisão do título será nos pênaltis.

Com tanto equilíbrio, os dois times tentaram se beneficiar no aspecto psicológico. No Atlético-PR, toda e qualquer declaração do rival foi encarada como provocação pelo técnico Antônio Lopes.

– Ninguém aqui está comemorando. Mas se eles acham que o título já está decidido, eu prefiro jogar primeiro – retrucou.

O São Paulo apostou na humildade, fez inúmeros elogios ao rival e não se deixou atingir pelo sentimento de desprezo de Lopes. Ao contrário, engoliu tudo e também usou a seu favor.

As picuinhas, porém, se restringiram às diretorias e comissões técnicas. Os jogadores mantiveram a postura, fugiram da polêmica e se concentraram apenas no futebol. Outra arma usada por Antônio Lopes para tentar ludibriar o rival é o mistério. Segundo ele, o time só será definido momentos antes da partida.

A grande dúvida do furacão é o setor de meio-campo. Evandro e André Rocha, que têm se destacado nos últimos treinos e jogos, podem roubar as posições de Fernandinho e Alan Bahia, respectivamente. A tendência, porém, é a manutenção do time que disputou o primeiro jogo contra o São Paulo. Pelos lados do São Paulo, Paulo Autuori agiu de forma diferente e fez questão de vaporizar qualquer dúvida sobre a escalação da equipe.

– Será o mesmo time que começou e terminou a partida do Beira Rio – antecipou o treinador.

A única incerteza que surgiu durante a semana foi a possível escalação de Souza no lugar de Alex. Preocupado com o jogo aéreo do Furacão, Autuori optou pela permanência do zagueiro. Josué, que não treinou na terça-feira devido a uma contusão no pé, também está escalado.

As informações são da Agência Placar.