A direção da estatal Furnas Centrais Elétricas encaminhou hoje à Eletrobrás e ao Ministério de Minas e Energia cinco volumes do relatório da Comissão de Sindicância Interna alusivo a suposta corrupção na empresa. O relatório foi encaminhado também hoje à autoridades dos poderes Judiciário, Legislativo e à Comissão de Ética Pública do governo federal.

As conclusões do relatório indicam impraticabilidade de transferência de recursos da tesouraria da companhia para qualquer beneficiário interno ou externo, assim como a impossibilidade de superfaturamento. O coordenador de Imprensa de Furnas, Eduardo Franklin Martins, salienta que a companhia não vai se pronunciar enquanto as autoridades não analisarem o relatório. Ele diz acreditar que, no decorrer desta semana, a direção de Furnas poderá comentar as ações empreendidas pela comissão.

As denúncias sobre a existência de um suposto esquema de favorecimento de Furnas a partidos políticos, totalizando mensalidade em torno de R$ 3 milhões, foram feitas pelo ex-presidente do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ), em entrevista publicada na imprensa no mês passado.

A Comissão de Sindicância Interna de Furnas foi formada pelos funcionários Luís Fernando Magalhães Couto, advogado e auditor jurídico, Everton Martins Zveiter, engenheiro e Secretário-Geral da Presidência e Dário Santos Moura, economista e auditor geral.

As informações são da Agência Brasil.