| 18/07/2005 16h27min
Depois das confissões de formação de caixa 2 em campanhas petistas por meio de empréstimos às empresas de Marcos Valério, o PFL e o PSDB vão se unir para pedir o bloqueio do fundo partidário do PT. O partidos vão apresentar denúncia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até terça.
O documento já está pronto e baseia-se no artigo 3, inciso primeiro, da Lei Orgânica dos Partidos. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), alega que o PT não poderia fazer empréstimos a Valério porque uma de suas empresas tinha contrato de prestação de serviços com o governo. O pefelista refere-se especificamente ao contrato com os Correios.
- Existiu uma triangulação em que o PT conseguia recursos por meio de empréstimos junto a uma pessoa cujas empresas tinham contrato com os Correios. Isso é crime e fere a Lei Orgânica dos Partidos - disse.
Na visão de Agripino, Valério não poderia emprestar recursos ao PT por manter contrato com empresa pública. Os empréstimos foram confirmados por entrevistas concedidas, no último fim de semana, por Valério e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Calcula-se que o PT vai ficar sem R$ 35 milhões se o TSE acatar a denúncia.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apoiou a denúncia formulada pelo PFL. O tucano, em mais um discurso na tribuna do Senado, voltou a criticar o presidente Lula. Em vez de ataque frontal e verborrágico, Virgílio preferiu a ironia:
- Não vou chamá-lo, presidente, de idiota, mas sim de notável distraído ou possível desavisado.
As informações são da agência O Globo.
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