| 12/12/2001 21h53min
Comerciantes de Buenos Aires realizam nesta quinta-feira, dia 13, uma greve de 24 horas convocada pelas principais centrais sindicais da Argentina. O movimento é em rejeição às novas medidas econômicas que restringem o saque de depósitos bancários. Já nesta quarta-feira, dia 12, foram realizados buzinaços e panelaços, bloqueios de ruas e caravanas de veículos. Sete táxis e um caixa automático de um banco espanhol foram incendiados com a ampliação das manifestações de rua enquanto o país.
O diretor-executivo da Associação de Bancos da Argentina (ABA), Norberto Peruzzotti, disse à imprensa que a segurança nas instituições financeiras seria reforçada. Integrantes da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) dissidente e da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) se dirigiram ao Congresso para pedir a suspensão das medidas de restrição a saques bancários e protestar contra o novo ajuste fiscal que está sendo preparado pelo presidente Fernando de la Rúa e pelo ministro de Economia, Domingo Cavallo. As centrais já anunciaram nova paralisação por 48 horas, à zero hora do dia 20.
Descontentes com o governo estão também cerca de 1,4 milhão de aposentados e pensionistas atingidos pelo adiamento do pagamento de seus salários pelo governo até a próxima semana, por falta de recursos. A administração federal já admitiu também problemas para pagar neste mês a segunda cota do 13 salário, que deverá ser parcelada a partir de janeiro. O ministro do Trabalho, José Gabriel Dumón, criticou a manifestação dos sindicatos. Ele afirmou que 86% dos assalariados argentinos ganham menos de US$ 1 mil mensais e por isso não foram atingidos pelas restrições aos saques bancários.
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