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 | 18/07/2005 22h02min

Fiesp lança Movimento pela Legalidade e contra a Corrupção

Documento não aponta de que esfera das instituições se originam os atos

Na esteira da Operação Narciso, que levou à prisão os sócios da butique de luxo Daslu, representantes de cerca de 40 entidades empresariais, de trabalhadores e da sociedade civil reunidos na sede da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) divulgaram um manifesto em que criam o "Movimento pela ilegalidade, contra o arbítrio e a corrupção".

Convocada inicialmente para tratar das operações da Polícia Federal contra empresas e escritórios de advocacia, a reunião gerou um manifesto que aborda a crise política e as denúncias de corrupção envolvendo políticos e autoridades do governo Lula."O Movimento vê com muita preocupação o atual momento brasileiro, em face da grande quantidade de denúncias envolvendo agentes públicos".

O movimento também ataca diretamente as ações da PF, assinalando "o exagero e desproporcionalidade das mega-operações realizadas em empresas brasileiras, inclusive com prisões cautelares que levam cidadãos à execração pública, tudo isso sem observância do devido processo legal e da constitucional presunção de inocência".

Antes de tocar nesses assuntos, o documento observa que a crise política e as denúncias de corrupção que ocorrem neste momento no país "devem ser equacionados estritamente dentro da ordem constitucional, com todas as conseqüências dela decorrentes". E reconhece e ressalta o importante "papel democrático exercido pelo Poderes da República – Legislativo, Executivo e Judiciário -- bem como do Ministério Público e das Polícias"

O documento termina dizendo que o Movimento "não declina de seu dever cívico de acompanhar, apoiar todas as investigações, contra quem quer que seja, cobrar os respectivos resultados, mas, desde já repudia, veementemente, a ilegalidade, o excesso e o arbítrio".

Além da Fiesp, o documento tem como signatários entidades que vão da Associação e Federação do Comércio de São Paulo, a OAB-SP, a centrais sindicais, como a Força Sindical e a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT).

Os empresários, entretanto, evitaram apontar de que esfera das instituições públicas (Judiciário, Executivo, Receita ou Polícia Federal) estariam se originando os atos de arbitrariedade e desrespeito à lei de que trata o Manifesto. As informações são da agência O Globo.


 
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