Os animais sentinelas de quatro propriedades de Rio Grande não tinham febre aftosa ou estomatite. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, dia 13, pelo delegado federal do Ministério da Agricultura, Flávio Vaz Neto, que prometeu anunciar nesta sexta o parecer sobre os testes realizados em outras cinco estâncias do município da Zona Sul gaúcha. Os exames colhidos nas nove propriedades foram encaminhados ao Laboratório de Apoio Animal (Lapa), de Recife (PE) na primeira e na segunda semanas deste mês.

Alguns animais apresentavam lesões na boca e febre, sintomas que podem ser de aftosa ou de outra doença vesicular. Mas não havia nos bovinos lesões nos cascos ou baba. Por precaução, os técnicos da Secretaria da Agricultura colheram o material e sacrificam os animais, que foram incinerados. Chegou a 72 o número de bovinos mortos em Rio Grande. Tanto o teste de passagem em célula do epitélio (pele da lingua) quanto a sorologia deram negativo.

Para o diretor do Departamento de Produção Animal (DPA) da Secretaria da Agricultura, Celso dos Anjos, o resultado foi importante porque confirma o acerto dos técnicos ao reagirem ao primeiro sintoma que poderiam estar associado à doença vesicular, entre ela a aftosa. Mesmo que os testes tenham ficado devendo um diagnóstico sobre a real doença nos animais, Anjos considera que o mais importante foi saber que não havia aftosa.

As nove propriedades serão agora submetidas a novo vazio sanitário de 30 dias e, posteriormente, serão recolocados os sentinelas (mais um mês). Neste período, as barreiras sanitárias permanecem instaladas no município. Os resultados negativos foram obtidos no material colhido de animais das propriedades de Valny de Oliveira Costa (localidade de Corredor do Senandes), Serly Lopes dos Santos (Palmas), Álvaro Valentin Quaresma (Corredor do Senandes) e Sérgio Amaral Campelo (Corredor do Bolaxa).