O departamento jurídico do Caxias já começa a preparar a defesa do clube no caso da escalação do atacante Bebeto na partida contra o Bahia. Ele teria entrado em campo tendo que cumprir suspensão automática por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Os advogados do Caxias Marcelo Slaviero e Osvaldo Cestari tentarão evitar a perda de seis pontos, o que complicaria ainda mais a situação da equipe treinada por Artur Ruschel na Série B. O time grená será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nos próximos dias.

Slaviero questiona se houve erro de contagem por parte da CBF ou no texto da regra que fala sobre o acúmulo de cartões. Já o diretor técnico da CBF, Virgílio Elísio, joga a responsabilidade para o clube da Serra. Para ele, a comissão técnica se enganou na contagem e chegou a deixar de utilizá-lo em determinados jogos pensando que estivesse suspenso, quando na realidade ele teria condições de atuar. A falha, de acordo com Elísio, gerou uma defasagem na computação dos cartões amarelos.

Na partida contra o Marília, há cerca de dois meses, pela sexta rodada da competição, Bebeto entrou em campo com um cartão amarelo, recebido contra o Avaí. No início do segundo tempo ele foi advertido e, no final, recebeu o vermelho. Então, se configurou o erro do clube, que contabilizou a expulsão, mas não descartou – o que seria o correto – o cartão amarelo recebido pelo jogador na partida.

O cartão amarelo só fica valendo se o jogador cometer uma nova infração e o árbitro mostrar direto o cartão vermelho.