Os técnicos da Receita Federal de todo o país entraram hoje no terceiro dia de greve. Durante a noite de quinta, eles decidiram em assembléias fazer nova paralisação de 72 horas na semana que vem. Eles voltarão a cruzar os braços entre terça e quinta.

A paralisação conta com a adesão de quase 95% dos 6,5 mil servidores federais de todo o país. Os serviços mais prejudicados são os relacionados às Centrais de Atendimento ao Contribuinte (CACs). Em São Paulo, por exemplo, nenhuma das seis centrais de atendimento está funcionando. Nos portos, fronteiras e aeroportos os trabalhos ficaram bastante prejudicados. Em Foz do Iguaçu, região da tríplice fronteira, a adesão ao movimento foi de 100% e a fiscalização nas fronteiras com o Paraguai e a Argentina foi interrompida.

Os servidores protestam contra o modelo de criação da Super-Receita, órgão que vai unir as secretarias da Receita Federal e da Receita Previdenciária. O presidente do sindicato dos técnicos da Receita, Paulo Antenor de Oliveira, afirma que a categoria não é contrária ao projeto de unificação do Fisco, mas ao modelo proposto pela secretaria da Receita Federal e à falta de transparência da administração na condução do projeto.

– O modelo de encaminhamento da Super-Receita não resolve o problema histórico de conflito dos técnicos com os auditores – critica.

As informações são da agência O Globo.