| 17/12/2001 13h37min
O governo argentino apresentou ao Congresso nesta segunda-feira, dia 17, o projeto de Orçamento para 2002, com uma redução de 15% comparado com o de 2001. Isso representa cerca de US$ 8 bilhões a menos. O objetivo da medida é atender o acordo firmado com Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir o empréstimo de US$ 1,26 bilhões prometidos para este mês. Os cortes maiores seriam para cumprir a promessa de déficit zero para 2002.
Alguns detalhes do Orçamento foram definidos durante o fim de semana. O governo decidiu não cortar o 13º salário dos servidores públicos, mas ainda pode reduzir em 21% os salários para 2002. O governo também estuda prorrogar o pagamento de US$ 900 milhões das dívidas que vencem em janeiro. Segundo o ex-vice-ministro da Economia Daniel Marx, no dia 20 de janeiro será feita uma "proposta formal" aos credores externos para a operação de reestruturação da dívida do país. Mas para conseguir isso, é preciso que o Orçamento já esteja aprovado
O presidente Fernando de La Rúa precisa negociar com líderes do Congresso a aprovação do projeto. Do contrário, além do adiamento dos vencimentos das dívidas, a liberação do empréstimo também fica impossível, e o país poderá entrar em "default" (calote), sem recursos para pagar os próximos vencimentos.
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