A DNA Propaganda, uma das agências do publicitário Marcos Valério, recebeu da Telemig e da Amazônia Celular, controladas pelo Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, pelo menos R$ 60,451 milhões entre 2003, 2004 e 2005. A CPI dos Correios pretende pedir que os técnicos do Tribunal de Contas da União, que participam da investigação, façam uma análise nos contratos da DNA com as duas companhias telefônicas para descobrir se todos os serviços listados nas notas fiscais foram efetivamente prestados. Os integrantes da comissão investigam pagamentos feitos por empresas que tinham interesses com o governo às empresas de Valério, acusado de ser o operador do esquema do mensalão.

A suspeita é de que possa ter ocorrido uma triangulação entre o publicitário e interessados em favores do governo. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares admitiu que Valério foi o intermediário de um encontro seu com um dos diretores do Opportunity Carlos Rotenburgo, que pedia uma aproximação com o PT.

As informações são da agência O Globo.