O ministro de Assuntos Exteriores do Japão, Nobutaka Machimura, se mostrou nestaquarta-feira convencido de que seu país conseguirá um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e que China não vetará o país.

– Acreditamos que vamos conseguir um assento no Conselho de Segurança – disse Michimura numa entrevista coletiva na sede da ONU.

O Japão integra com Alemanha, Brasil e Índia o chamado Grupo dos Quatro (G4), que apresentou uma minuta de resolução na Assembléia Geral para que seis novos assentos permanentes e quatro não-permanentes sejam criados, totalizando um total de 25 lugares. No entanto, a União Africana (UA) apresentou outra proposta de ampliação, para 26 membros, com seis lugares permanentes com direito a veto e cinco não-permanentes, sendo que a África ficaria com dois assentos permanentes e dois não-permanentes.

O ministro japonês acrescentou que em Londres foram alcançados acordos com a UA no que se refere à ampliação do número dos membros não-permanentes, mas ainda está pendente a questão sobre os integrantes do CS com direito a veto. Este acordo deverá ser ratificado na próxima reunião da UA, em 4 de agosto, e, segundo Machimura, o G4 decidirá se submeterá à votação a sua resolução, dependendo do resultado do encontro.

O ministro japonês negou um racha no seio do grupo africano, referindo-se à situação como um caso de "diferença de opiniões", embora não tenha descartado a hipótese de o G4 conte com o apoio apenas de alguns países da África. Por outro lado, Michimura se mostrou otimista quanto à possibilidade de a China não vetar a proposta de resolução do G4 caso esta seja aprovada na Assembléia Geral.

As informações são da agência EFE.