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Depois do turbilhão político e social que culminou com a renúncia do presidente Fernando de la Rúa, a Argentina deve agora buscar apoio para renegociar sua dívida externa e formular um plano fiscal sustentável. Essas ações, segundo analistas, permitiriam ao país abandonar o regime de conversibilidade (um peso igual a um dólar) de maneira um pouco menos desordenada.
O secretário do Tesouro norte-americano, Paul O'Neill, afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que a Argentina não tem capacidade para honrar os pagamentos de sua dívida. Para o secretário, a solução para a crise será o resultado de um trabalho conjunto das lideranças argentinas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird). Mas deixou claro que a Casa Branca não vai socorrer a Argentina.
Para o diretor do Centro de Estudos da Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), Carlos Geraldo Langoni, a renegociação da dívida externa é essencial, pois o sistema financeiro precisará de liquidez, especialmente para os bancos estatais e de pequeno porte.
Outra medida anterior à desvalorização, observou Langoni estaria na "desdolarização" ou "pesificação" dos contratos de dívida denominados em dólar, de maneira a proteger as empresas argentinas num ambiente de flutuação da moeda. A proposta, que enfrenta críticas do setor financeiro, foi sugerida pelo professor de economia da Universidade de Harvard, Ricardo Hausmann, ex-economista chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ex-ministro do Planejamento da Venezuela.
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