O presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim Pádua Peixoto Filho, pretende ingressar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF com uma ação contra o Caxias, caso Figueirense e Avaí não consigam se classificar à Série A do Campeonato Brasileiro 2002.

O motivo da revolta catarinense é o cai-cai dos jogadores do Caxias na partida vencida por 1 a 0 pelo Avaí, dia 14 de dezembro, no Estádio da Ressacada. Depois de ter três jogadores expulsos ainda no primeiro tempo, a equipe gaúcha voltou para a segunda etapa com três substituições. Logo aos oito minutos, dois jogadores que tinham acabado de entrar caíram no gramado alegando contusões musculares. Depois de 15 minutos de espera, o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes encerrou a partida por falta de jogadores em campo.

Mesmo vencendo o jogo, a situação do Avaí não melhorou o suficiente. Com os resultados da rodada seguinte do quadrangular final da Série B (Caxias 4 x 3 Paysandu e Figueirense 2 x 2 Avaí), todos os times terminaram empatados em número de pontos, mas os dois de Santa Catarina ficaram em desvantagem no saldo de gols. Agora, os catarinenses precisam de uma vitória na última rodada para disputar a primeira divisão no próximo ano.

Na súmula da partida, o juiz não fez nenhuma referência ao cai-cai, relatando apenas que precisou paralisar a partida aos 8 minutos do segundo tempo, pois o Caxias não tinha jogadores para continuar, em virtude das expulsões de três jogadores, das substituições que fizera, e dos jogadores que não tinham mais condições de continuar em campo.

Caso a FCF realmente ingresse contra o time gaúcho, o Departamento Técnico da CBF deve entregar a súmula do jogo ao STJD – que realizou nesta sexta-feira a última audiência do ano. A análise do relato do árbitro será decisiva para o futuro dos clubes e, até mesmo, do campeonato.