| 05/08/2005 07h56min
A Portugal Telecom estuda adotar medidas contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). O parlamentar acusou a operadora de participar do financiamento de partidos políticos brasileiros.
O presidente da empresa, Miguel Horta e Costa, afirmou hoje em reportagem do Jornal de Negócios que sua companhia analisa a situação com seus advogados, mas que não quer se "precipitar, embora não possa descartar nenhuma opção". Quando perguntado se entre as medidas a serem adotadas pela operadora estariam ações legais, Horta e Costa disse que isso está "sendo visto pelos advogados" e ressaltou que a acusação de Jefferson "não tem qualquer sustentação".
O diretor reconheceu que se encontrou com o publicitário Marcos Valério, mas esclareceu que a reunião aconteceu por causa do interesse do empresário na compra da Telemig, operadora de telefonia de Minas Gerais. Para amenizar a situação, o diretor afirmou que se tratou de uma reunião de 10 minutos e que, em nenhum caso, ele entendeu a visita do empresário como uma tentativa de captar recursos para o suposto financiamento da campanha do PT.
– Ele (Marcos Valério) entrou em contato conosco. Ele tinha interesse em criar uma boa relação com o corpo empresarial de Minas Gerais – explica Horta e Costa.
Jefferson reiterou ontem em depoimento à CPI do Mensalão que o PT iniciou um dos maiores esquemas de corrupção vistos no Brasil e que tentou contar com o financiamento da Portugal Telecom. Segundo o deputado, o suposto financiamento não chegou a ser efetuado, mas o objetivo era arrecadar milhões de euros da operadora portuguesa.
As informações são da agência EFE.
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