| 12/08/2005 13h37min
O homem que carregou dinheiro de Marcos Valério para PT do Rio Grande do Sul concedeu entrevista coletiva nesta sexta. Marco Fernando Trindade demonstrou irritação com as perguntas dos jornalistas e disse que em nenhum momento questionaria uma tarefa solicitada pela direção estadual do partido.
– O presidente me informou na época que era dinheiro do diretório nacional que estava à disposição em Belo Horizonte nesta empresa – disse.
O ex-chefe da divisão de Engenharia de Saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Porto Alegre, que teve a exoneração publicada ontem no Diário Oficial, disse ainda que foi quatro vezes a Belo Horizonte. Além disso, declarou que não questionou a razão de a transação não ter sido feita por bancos.
Em tumultuada entrevista coletiva na sede estadual do PT, o presidente da sigla, David Stival, disse na tarde de ontem que petistas escolhidos pela "tradição em militância e lealdade" viajaram várias vezes a Belo Horizonte e buscaram R$ 900 mil em dinheiro vivo e R$ 150 mil em cheques, na sede da SMP&B (empresa pertencente a Valério).
O PT gaúcho só admitiu os repasses depois que Valério apresentou recibos referentes a R$ 350 mil. Os petistas, que haviam desafiado o empresário e sua funcionária Simone Vasconcelos a apresentar provas do repasse, resolveram não mais pagar para ver se apareceriam novos documentos.
Os R$ 900 mil foram transportados de avião, em malas, de Belo Horizonte para Porto Alegre, pelo militante Trindade, engenheiro de profissão. Outros R$ 150 mil vieram em cheques sacados pelo então tesoureiro do PT estadual, Marcelino Pies.
As informações são da Rádio Gaúcha.
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