| 30/12/2001 20h22min
Se o grupo de jogadores segue indefinido para 2002, o mesmo não se pode dizer do esquema. O técnico Tite (foto) avisa que não há motivos para mudar o 3-5-2 vitorioso deste ano. A saída de Luís Mário e a provável vinda de Euller não irão alterar o perfil tático do time.
O acerto com o 3-5-2 não veio por acaso. O treinador devora publicações do gênero. Em casa, guarda fitas do técnico italiano Arrigo Sachi e do holandês Louis van Gaal. Foi desta paixão por questões táticas que Tite desenhou o modelo para o Grêmio. As 300 páginas da biografia de Telê Santana duraram uns poucos vôos entre os 73 jogos deste ano. Tite gosta de ler. Formou-se em Educação Física pela Universidade de Campinas e cursou metade do curso de Relações Públicas em Caxias.
A não ser para examinar ritmo de jogo deste ou daquele jogador, os técnicos acham coletivos pouco produtivos. Gostam mesmo é de desenvolver mecânica e padrão de jogo. Como o “campo reduzido”. Delimita-se um retângulo de 40 metros, de intermediária a outra. Perto da meia-lua da área, alinham-se três duplas de cones. É por entre o espaço destas duplas de cones que os dois times têm de passar a bola, que sempre parte do meio-campo. É o treino tático introduzido pelo italiano Arrigo Sachi, campeão mundial na Copa de 1990.
Nesta área de 40 metros são construídas as jogadas que resultam em gol, de acordo com as estatísticas. Além desta medida, a tarefa dos atacantes e dos zagueiros é quase individual, um tentando se desvencilhar ou conter o outro. É o mano a mano: vai do talento de cada um. No treino de Tite, depois que um time leva a bola até o pequeno espaço entre as duplas de cones, a outra equipe pára. Volta-se ao meio-campo e tudo recomeça. O Grêmio aprendeu a jogar agrupado, quase em bloco, atacando e defendendo, como na final da Copa do Brasil contra o Corinthians, em São Paulo.
DIOGO OLIVIERGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.