| 31/12/2001 00h04min
O presidente interino da Argentina, Adolfo Rodríguez Saá, renunciou na noite deste domingo, dia 30, em pronunciamento de nove minutos via cadeia de rádio e televisão direto de San Luís, sua cidade natal. Saá ficou desgatado após uma reunião com governadores peronistas ter fracassado na tarde deste domingo. Apenas cinco dos 14 políticos esperados compareceram. Manifestantes organizaram um panelaço em frente à residência oficial de Chapadmalal, local do encontro.
Durante pronunciamento à Nação, Saá afirmou que não poderia manter-se à frente do governo sem o apoio expressivo dos governadores. Durante a reunião no centro turístico de Chapadmalal, Rodríguez Saá já teria afirmado que deixaria o governo se não pudesse contar com apoio consistente de seu partido.
O presidente interino, que tomou posse apenas no último domingo, dia 23, enfrentou sua primeira grave crise desde a sexta-feira, dia 28, quando a população argentina voltou às ruas para protestar contra
a limitação aos saques
bancários a mil pesos por mês e a nomeação no novo governo de políticos supostamente envolvidos com casos de corrupção no passado.
Com a renúncia de Saá, o presidente do Senado, Ramón Puerta, deveria voltar ao governo, mas já se pronunciou recusando o cargo. O terceiro nome na linha sucessória é Eduardo Camaño, presidente da Câmara dos Deputados. Ele deve reassumir o governo e convocar nova Assembléia Legislativa no dia 2 de janeiro.
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