| 17/08/2005 14h36min
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirma que entre os líderes há um consenso razoável em relação ao aumento do salário-mínimo e que a partir de hoje vai redobrar os esforços para negociar com as bancadas dos partidos. Ele ressalta que, se a disputa entre os partidos continuar até sexta, o governo vai ter de optar pela edição de uma nova medida provisória ou por um projeto de lei em regime de urgência para assegurar que o valor do mínimo não volte para R$ 260. Para editar uma nova MP sobre o assunto, no entanto, o governo terá que fazer alguma alteração no texto.
– Se essa disputa for até sexta-feira o governo tem duas alternativas: editar uma nova medida provisória com um valor um pouco diferente ou mandar para o Congresso um projeto de lei para tramitar em regime de urgência. Em nenhuma das hipóteses o governo cogita a volta do valor do mínimo para R$ 260 – diz.
Chinaglia diz que a preocupação do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) em aumentar o valor do salário-mínimo veio um pouco tarde. Segundo ele, ACM deveria ter feito isso enquanto fazia parte da base aliada do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O pefelista é autor da emenda aprovada pelo Senado que elevou o mínimo de R$ 300 para R$ 384,29.
– Todos nós gostaríamos que isso tivesse vindo quando ele era governo, ou seja, nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso – afirma Chinaglia.
Para o líder do governo na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dois anos e meio de mandato, concedeu um aumento de salário maior do que Fernando Henrique em oito anos.
– Se diz que o presidente Lula, quando candidato, prometeu dobrar o valor do salário-mínimo, mas falta há alguns, que hoje estão na oposição, dizer que em 94 o então candidato Fernando Henrique Cardoso em um livreto, chamado mãos à obra, também prometeu dobrar o valor do salário-mínimo. Em oito anos Fernando Henrique elevou o salário-mínimo de R$ 100 para R$ 200. Em dois anos e meio o governo Lula elevou o salário-mínimo de R$ 200 para R$ 300. Portanto, o que eles fizeram em oito anos o presidente Lula fez na metade do seu primeiro mandato – destaca.
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