| 03/01/2002 23h09min
Integrantes do gabinete do presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, assumiram nesta quinta-feira, 3, com a missão de tentar evitar novos protestos no país. Os políticos estão preocupados com os possíveis efeitos da desvalorização da moeda argentina entre a população.
Ao ser eleito na terça-feira, no Parlamento, Duhalde anunciou a intenção de formar um governo de unidade nacional, mas, até agora, a maioria dos integrantes pertence ao Partido Justicialista (PJ, peronista). Somente o ministro da Justiça, Jorge Vanossi, ligado à União Cívica Radical (UCR), e o da Produção, José Ignácio de Mendiguren, ex-presidente da União Industrial Argentina, não são vinculados ao peronismo. Foi oferecida a pasta da Defesa ao radical Horacio Jaunarena, que ainda não deu resposta.
Após o juramento de Duhalde no cargo, na Casa Rosada, o chefe de gabinete, Jorge Capitanich, disse que são três os objetivos dados aos ministros: garantir a paz social, reconstruir a autoridade política e assentar as bases para um novo modelo econômico e social. Capitanich admitiu que a desvalorização do peso devido ao fim da paridade com o dólar poderá "ter efeito sobre a estrutura de preços", ou seja, inflação. Preocupado, pediu forte colaboração de empresários e fornecedores para evitar reajustes.
– Não podemos entrar num processo especulativo para obter lucros à custa da fome do povo argentino – afirmou Capitanich.
Apesar da preocupação com novos protestos, o governo suspendeu a convocação de um conselho de empresários sindicalistas e representantes do Estado que discutiria um aumento no salário mínimo anunciado pela administração anterior.
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