O advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, confirmou hoje, que alé do ministro, outros prefeitos no interior de São Paulo sabiam de supostas propinas mensais dadas por prestadores de serviço na área de coleta de lixo. Buratti citou as cidades de Matão, Monte Alto e Sertãozinho, em todas as quais houve envolvimento de políticos do PSDB.

Em depoimento na semana passada ao Ministério Público, Buratti afirmou que as licitações de coleta de lixo das prefeituras foram fraudadas e que seus prefeitos recebiam propinas mensais que variavam de 5% a 15% do valor do faturamento.

Segundo Buratti, que está depondo à CPI dos Bingos, em Sertãozinho, o esquema teria começado com a prefeita Neli Tonielo (PPS), que administrou de 1997 a 2000, e continuado na gestão do atual prefeito, Zezinho Gimenes (PSDB), que assumiu em 2001 e se reelegeu no ano passado.

Em Matão, o pagamento teria sido feito durante a gestão de Jayme Gimenez, eleito em 2000 pelo PMDB e filiado ao PSDB em 2002. Já em Monte Alto, o beneficiário seria o então prefeito Donizete Sartor (PSDB), que supostamente recebia todos os meses o dinheiro de um gerente da empresa.