| 26/08/2005 07h50min
Uma testemunha do tiroteio que causou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes em um vagão do metrô de Londres declarou aos investigadores que a polícia disparou durante mais ou menos 30 segundos, segundo publica hoje, sexta, o The Guardian.
A jornalista free-lance Sue Thomason disse à Comissão Independente de Investigação de Queixas à Polícia (IPCC, sigla em inglês) que os agentes dispararam 11 tiros, que ela interpretou como um ataque de terroristas.
Jean Charles morreu na estação de Stockwell ao receber oito tiros –sete na cabeça e um no ombro – de um policial vestido à paisana que aparentemente o confundiu com um suposto autor dos atentados fracassados de 21 de julho. Outros três cápsulas foram achadas no chão do vagão.
Segundo o jornal, a testemunha explicou que os primeiros disparos foram "separados por pausas regulares de mais ou menos três segundos, depois houve uma pausa mais longa e foram retomados os disparos com pausas regulares".
O eletricista de 27 anos foi morto em 22 de julho após ser seguido pela Polícia desde seu domicílio em um bloco de andares em Tulse Hill, no qual aparentemente também residia um dos supostos terroristas da véspera.
A testemunha entrevistada pelo The Guardian explica que os disparos que ouviu procediam do vagão contíguo ao seu e que ela, como o restante dos passageiros, fugiu rapidamente do local dos fatos por medo de ser um atentado terrorista.
A IPCC, que esta semana recebeu uma delegação do governo brasileiro que supervisiona o caso, deve apresentar seu relatório ao juiz instrutor em 23 de fevereiro, quando se saberá se serão tomadas ações legais contra os agentes.
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