| 28/08/2005 16h50min
O Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) anunciou nesta semana em Santa Cruz do Sul (RS), os números finais da Safra 2004/2005. Mesmo com as adversidades climáticas verificadas no início do ano, como a seca que assolou o Rio Grande do Sul, a produção ainda alcançou 839.126 toneladas na região sul do Brasil.
O volume foi produzido por 196.567 famílias de fumicultores, numa área plantada de 432.963 hectares, gerando uma receita aos produtores estimada em R$ 3,65 milhões.
– A zona sul gaúcha foi uma das mais prejudicadas pela estiagem, o que contribuiu, em parte, para a queda na produção projetada inicialmente de 880 mil toneladas – destaca o presidente do Sindifumo, Claudio Henn.
A quebra inferior a 5% no volume projetado pelo setor está comprovada na produtividade média das lavouras de fumo. Enquanto em condições normais de clima, a projeção apontava para 2.040 quilos por hectare, com a seca, a produtividade alcançou apenas 1.938 Kg/ha, o que representa uma quebra ao redor de 100 quilos por hectare. Os fumos dos tipos Virgínia participaram com 82,7% do volume produzido, seguido pelo Burley, com 16,4%, e pelo Comum, com 0,9%.
Na divisão por Estados, o Rio Grande do Sul lidera a produção com 50,2%, seguido por Santa Catarina (33,2%) e pelo Paraná (16,6%).
Já a qualidade do produto foi considerada média, alternando regiões mais prejudicadas pela estiagem, como foi o caso da Zona Sul e parte da Depressão Central do Rio Grande do Sul, e áreas não atingidas pela seca, em Santa Catarina e no Paraná, que produziram fumos de muito boa qualidade. "Apesar da estiagem, o fumo foi uma das poucas culturas que proporcionou renda aos produtores", enfatiza Henn.
A expectativa do setor fumageiro com relação à próxima safra é de uma pequena redução na área plantada, tendo como base a atual intenção de registro por parte das empresas, que indica 415 mil hectares, ou seja, 4% menor com relação à safra finalizada.
– No entanto, considerando condições climáticas normais e uma produtividade superior a 2.000 quilos por hectare, devemos alcançar um volume semelhante, de 840 mil toneladas – revela o dirigente.
O número de produtores, conforme o Sindifumo, não deve ser alterado significativamente, sinalizando um ligeiro aumento que pode chegar em torno de 198 mil famílias na Região Sul.
A previsão de embarque até 31 de dezembro deste ano aponta para mais um recorde de exportações do setor fumageiro. A expectativa é de que 600 mil toneladas sejam exportadas, com um faturamento que poderá superar US$ 1,6 bilhão (FOB). No ano passado, foram 588 mil toneladas, com uma receita de US$ 1,49 bilhão (FOB).
Os fumos brasileiros, de qualidade reconhecida pelo mercado internacional, encontram clientes na União Européia (40%), Extremo Oriente (23%), Leste Europeu (13%), América do Norte (13%) e ainda na África, Oriente Médio e América Latina.
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