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 | 29/08/2005 16h46min

Sem plano B, Zylbersztajn diz que Varig pode parar

Decisão judicial suspendeu a venda da VarigLog pela companhia aérea

O presidente do Conselho de Administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que não tem plano alternativo para recuperar a situação financeira da companhia, e, se o plano que havia sido elaborado não puder ser implementado, corre sérios riscos de parar de voar. Zylbersztajn se referia à decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro que concedeu hoje medida cautelar determinando o arresto dos bens da VarigLog (empresa de transporte de cargas) e da VEM (Varig Engenharia e Manutenção). A medida, na prática, suspende a venda da VarigLog pela companhia aérea Varig ao grupo americano Matlin Patterson.

– Não tem plano B. Já falei para o pessoal que está sendo contra, que apresentem o plano que quiserem. Só tem um plano, só tem uma saída. Não é intenção parar de voar, mas qualquer atividade econômica precisa ter capacidade financeira para funcionar. E eu diria que a capacidade financeira da Varig está muito próxima do limite de uma empresa que tem o compromisso maior com a qualidade do serviço e a segurança do passageiro. Agora até quando isso pode perdurar, é complicado – ressaltou Zylbersztajn.

Zylbersztajn, que participou de almoço de empresários com o senador Rodolpho tourinho (PFL-BA), na Câmara de Comércio Americana do Rio de janeiro, disse que ainda não tinha conhecimento do teor do despacho da juíza e por isso não saberia dizer quais as conseqüências na empresa.

O executivo alega que quem está entrando com as ações na Justiça não tem percepção da real situação da Varig em termos financeiros. Para ele estão sendo adotadas medidas visando mais interesses particulares do que visando os da própria empresa. Zylbersztajn ressaltou que não existe um plano alternativo para salvar a Varig que corre sérios riscos de ter que parar de voar.

– Ir para a Justiça é um direito de cada um, mas cada um tem que se responsabilizar pelo que fala. Há algumas acusações que vi em petições que são levianas. Ou se retrata ou prova. Da mesma maneira que é o direito de qualquer um ir para a Justiça, é um direito nosso também ir para a Justiça processar quem falar qualquer coisa desse tipo – destacou o presidente.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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